91. Luta de classes: pandemia, violência social e racismo 2
23/06/2020
Existe, a partir da infância, certo calendário de vacinas para nos proteger: tríplice, tétano, sarampo, poliomielite etc. Depois, existe substância para proteger-nos contra malária e dengue, também com vacina e outras farmacologias para auxiliar a questão sanitária da civilização, para proteger nossos indivíduos do caos ou da tragédia. As diferenças sociais de classe, infelizmente, continuam a ocasionar problemas até graves. Isso tudo nós sabemos em bastante profundidade, mas também temos consciência de que o combate é muito complicado, como temos enfatizado.
No Brasil, o racismo é mais sutil do que em outros países até mais desenvolvidos. Mas, basta olharmos o pequeno número de negros como congressistas e no Poder Judiciário, incluindo o STF, agora nenhum. O mesmo se verifica entre professores graduados, médicos e advogados. As pessoas negras não receberam educação própria e igualitária. É claro que os pobres também não puderam receber uma educação mais útil para o progresso de cada um deles. Em poucos setores podemos encontrar negros com cargos importantes e de poder. São exceções.
Daqui a algum tempo, será possível algum negro, asiático ou latino ascendendo socialmente. Então, poderão ocorrer mais casos de racismo explícito, como se vê em vários países. Aqui, a escravidão foi minimizada pela associação de negros com brancos. O tempo e o espaço misturam as sementes no fantástico espetáculo da criação, da vida. O mulatos puderam ser melhor representados em uma sociedade injusta. Como sempre, devemos lembrar que os fatores estéticos são sempre individualizados.
Quanto a essas injustiças, seria melhor nem mencionarmos, pois cada um de nós sabe até aonde elas percorrem, e sempre com prejuízo à nossa humanidade. Nos Estados Unidos e em outros países, a escravidão foi segregacionista. As minorias não se casaram e também não puderam ocupar o espaço no poder. A polícia utiliza sempre a violência. Nos presídios brasileiros, os negros e os pobres são muito numerosos, lembrando que o Brasil é uma das nações onde a prisão de maneira institucional é bem grande perto dos outros lugares. É muito difícil para o pobre e negro, bem como outras minorias, terem lugar mais poderoso na "maravilhosa" civilização de hoje. Como se sabe, um juiz pode criar mais liberdade e, assim, as cadeias ficam como os lugares de detenção menos habitados. A violência, é óbvio, machuca mais os menos favorecidos. A cor da pele pode piorar a vida dos indivíduos imersos e viventes nesse complexo mundo.
É observável que não existem negros ocupando lugares com destaque na maioria dos países. No Brasil, isso é muito visível, com poucas exceções. Nos Estados Unidos, o ex-presidente Obama disse que o racismo é o pecado original do país. Como se sabe, cada um de nós representa toda a humanidade. A cultura negra está espalhada pelo Planeta, mesmo que sutilmente. A escravatura atingiu a raça africana de modo explícito e até muita gente procura minimiza-la e até nega-la. Vide o nosso presidente da fundação Palmares, que é negro e também absolutamente racista, homem que nega que houve escravidão. Também se sabe que muitos indivíduos exploram pessoas para manter e dar origem às riquezas. A humanidade sofre e é oportuno que hajam protestos. Os jovens poderão tornar o mundo melhor e melhorar a espécie humana e o ambiente poderá ser preservado e modificado com mais racionalidade. Pelo menos é aqui que sempre esperamos que aconteça, embora seja muito difícil.
Qualquer pessoa que reflita e se preocupe com a sociedade tem conhecimento de que a supremacia de qualquer raça prejudica muito a concentração de renda. Os processos de desumanização do indivíduo não podem aumentar em nenhuma parte da Terra. Para minimizar tudo, existem as cotas universitárias raciais e econômicas e as doações articuladas com a filantropia. É lógico que existem excessões direcionadas à melhora das democracias e do ser humano. Porém, tudo deve ser revisto e o processo sociológico, como um todo, é muito lento. Para o indivíduo, a democracia e o meio ambiente devem ser respeitados. E é claro que falamos de um mundo utópico, bastante contraditório e que terá de prover a civilização com a sua própria história, sempre objetivando a melhora difícil e complexa de cada um de nós.
Na próxima semana o texto será sobre o transtorno do espetro autista.
E AÍ?
Páginas, lágrimas.
Sorrisos indecisos.
Esgrimas, espadas virtuais.
Lástimas, espadas bem reais.
Páginas descoloridas.
Lembranças doloridas.
Memória também boa
À toa, uma vida delirante.
À toa, uma vida vibrante.
Brilho, só brilho.
Imaginário brilhante.
Luz extravagante.
Espelho inconstante.
Verdadeiro brilhante?
E aí?
Tudo alucinante?
E aí?
Vocábulos altissonantes.
Palavras murchas.
E a alma canta.
Uma luz levanta,
e até encanta.
Ao redor o mundo dança.
Agora como criança.,
ao redor de tudo
só lembrança.
(Poesia de minha autoria).
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