82. Os ataques ao meio ambiente 2
21/04/2020
Trump afirma que não quer que outros países consigam máscaras. Canadá, Alemanha e Brasil verificaram que os Estados Unidos bloquearam o acesso a muita coisa que combate a pandemia. Ocorreram desvios e Trump, pagando mais, pode comprar máscaras e respiradores, até os que já haviam sido adquiridos por outras nações. Ele próprio diz: “Em primeiro lugar, os Estados Unidos”. Sabe-se que o nacionalismo é bom só para crianças pequenas. Esse tipo de nacionalismo radical de um adulto mostra apenas uma nova forma de pirataria moderna. Nem por isso, menos sórdida. Temos de nos tornar melhores do que somos e isso costuma ser bem difícil. No plano pessoal e no político, estatal maior, há excessões que diminuem o humanismo da própria humanidade.
Constantemente, podemos observar esse aspecto bastante negativo do mundo moderno. É interessante constatar que atitudes verdadeiramente democráticas são poucas, pois o processo todo costuma ser difícil. O mundo todo deveria estudar cada canto do Planeta, analisar suas necessidades e prover, na medida do possível, os equipamentos fundamentais no combate às pandemias. Esta e outras que já tivemos. De modo mais justamente democrático. Isso é bastante complicado, pois fizemos um capitalismo egoísta, com a concentração absoluta de renda, num sistema no qual quem pode mais certamente vive melhor até nesses tempos. A concentração de renda foi perpetrada em quase todos os países e fundamentada pelo conjunto de leis peculiares à chamada democracia representativa. Não preciso falar de tanto excessos, inclusive onde quem tem menos votos ganha e expande a democracia.
Somente a concentração de renda produzida e articulada aos bancos particulares ou mais estatizados origina classes sociais bastante diversas entre si: poucos com ótimo rendimento e a maioria das pessoas nas classes inferiores, nas quais apenas se espera trabalho, os mais variados possíveis. E esses indivíduos receberão o necessário para viver em lugares inapropriados, sujeitos a deslizamentos, bem como a outras catástrofes, é claro que muitas delas naturais. Essas pessoas receberão o suficiente para uma alimentação ruim e ajudarão os poderosos, hoje “magníficos” empresários que permanecem com o poder, e com a livre escolha. As liberdades são quase plenas para quem manda, para quem tem o poder e o dinheiro. Diferenças sociais, é claro, criam diferenças de oportunidades. Acumulo de bens não pode ser justo e sempre articulado aos que mais trabalham.
Os sistemas econômicos costumam valorizar o capital e quase nunca o trabalho. Acumulação de bens e de dinheiro na maioria das vezes não é necessária. Os ricos precisam de menos, é óbvio. Os pobres têm carência de quase tudo: vivem profundamente mal. Seria bem positivo que refletíssemos com nosso mundo interno aquilo que achamos precisar. Muitas coisas inventamos para justificar a maioria das coisas, para justificar quase tudo. O acúmulo nunca serve para nada e continuamos a viver da mesma forma nessa falsa realidade repetitiva, sinistra e que coloca muitos seres humanos contra outros seres também humanos. “Todos somos um só” diz respeito a uma metáfora distante do poder de cada um de nós e de nosso terrível egoísmo.
Na próxima semana o texto será sobre fibromialgia.
Profissionais da saúde
caminham na amplitude.
Caminham contra tudo
e tantas coisas
se iludem e pouco.
Médico, enfermeiro,
maqueiro, motorista,
no compasso de Deus,
no espaço de tanto adeus.
Caminha, caminham
marcharão triunfantes,
marcharão com alegria,
longe da nostalgia
no atual dia a dia.
Caminham contra o destino
ataúde e desatino.
Pulmões deteriorados.
Pensamos em conflito,
nós, humanos, bem aflitos,
tudo tão esquisito.
Em cada ambulância,
tanta esperança,
e imensa ansia
ansia de viver.
Poesia de minha autoria.
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