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81. Os ataques ao meio ambiente 1

14/04/2020

Há muito tempo penso nos seres vivos e nos seus habitats: uma interdependência absoluta e bastante saudável para os envolvidos. Hoje, tudo isso gira em torno do meio ambiente, que está cada vez mais prejudicado pelas ações humanas ruins e sem planejamento algum para o benefício planetário.

Somente pessoas ignorantes ou bem criativas para obtenção de lucros próprios do capitalismo negam o aquecimento global. Os oceanos aumentam sua temperatura gradativamente, bem aos poucos. Isso não é insignificante. As calotas polares estão diminuindo e vários organismos desses lugares desaparecem. Os ursos polares encontram-se em extinção, pois o gelo diminuiu bastante. As marmotas reproduzem-se muito, pois ficou mais curto o período de incubação. Vulcões muito ativos. Tempestades, chuvas e estiagem em todos os cantos do Planeta. Inundações nos litorais de quase toda a Terra. Terremotos enormes.

É óbvio que, para sobreviver em lugares tão inóspitos, os seres vivos passam por mutações e se tornam mais aptos ao ambiente. Vivemos em uma Terra muito diferente daquela que já existiu. As florestas dizimadas e as ilhas oceânicas transformadas. Tudo e tanto muito diferente.

Há muita gente no mundo atual, graças à evolução médica e sanitária. Para sobrevivência, são necessários mais energia, mais alimentos e mais água. Nossa parte biológica caminha para um lado e nossa parte psíquica caminha para outro. A liberdade verdadeira significa poder de escolha. O planeta é cada vez mais fragilizado por tantos caminhos possíveis. Mas, é preciso encontrar alternativas melhores para a humanidade.

Tecnicamente, somos bons, quase perfeitos. Porém, nos momentos difíceis somos fracos, precisamos da solidariedade e de estar juntos e focados nos mesmos males que costumam ser ideologizados entre o bem o mal. Somos muito aparência e poder. Muitas vezes, nossa identidade verdadeira encontra-se escondida. Não se pode confundir oportunidade como algo que evoluiu da estrutura social com o oportunismo do momento. Assim como o socialismo não deu certo, o capitalismo também nada solucionou, a não ser para os detentores do poder: os ricos. O povo nunca determinou nada, nem ontem, nem hoje. As pessoas que pensam no clima e outros ambientalistas produzem sempre um alerta e muito pouco se pode fazer.

Após uma filogênese em vários aspectos com sombras no saber, surge um vírus que apenas quer seu lugar no Planeta. Quer cuidar da própria vida, mas cria tanto sofrimento nessa humanidade complexa. É claro que aqueles que têm poder poderão contar com o melhor tratamento, mas o povo vai sofrer mais, como sempre aconteceu em tantos desastres, naturais ou não. Aqueles que podem vão destruindo muita coisa, mas há exceções. O meio ambiente e o clima são atacados na produção. E é até difícil encontrar os líderes.

Eliane Brum:

“A pandemia de coronavírus revelou que somos capazes de fazer mudanças radicais em tempo recorde. A aproximação social com isolamento físico pode nos ensinar que dependemos uns dos outros. E, por isso, precisamos nos unir em torno de um comum global que proteja a única casa que todos temos. O vírus, também um habitante deste planeta, nos lembrou de algo que tínhamos esquecido: os outros existem…”

Os vírus somos, infelizmente, nós mesmos, está em muitos de nós e, é claro, no meio ambiente da Terra que tanto transformamos para produzir lucros, sempre tão insensatos. A ecologia criada pelo ser humano respeita e reage à sua própria destrutividade no ser humano alimentado por poder e lucro. A sabedoria é negada hoje de modo peculiar e se zomba da Organização Mundial da Saúde (OMS), que não é levada a sério, como merece, nos principais países envolvidos.


Na próxima semana continuarei esse tema.

DEFINIÇÃO?

O poeta é sempre altisonante.
Mesmo no silêncio, isolamento
ou abandono. É estranhamente denso.
Ouvidos da alma,
escutam suas invenções,
percebem suas contradições.
Discursos oblíquos, contra dicções.
Falas intempestivas.
Palavras suspeitas.
Realidade objetiva
sem nenhuma realeza.
Sons altos, pausas despercebidas.
E o poeta caminha.
Ruas e avenidas de ocasos,
de acasos de versos ou
pedras energizadas pelo vento.
Versos ou pedras,
pelas tantas turbulências
na alma conflitada.


Carlos Roberto Aricó

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