67. Esquizofrenia, uma estranha enfermidade 3

19/11/2019

Freud fez no sentido da chamada esquizofrenia de Bleuler, a distinção entre a paranoia e a parafrenia e, assim, continuou pensando como Kraepelin. Paranoia, também chamada de delírio lúcido: um verdadeiro pensamento paralelo sem alteração no restante da personalidade e a parafrenia, este delírio crônico sistematizado com acentuada desorganização da personalidade. As duas psicoses combinaram-se no caso Schreber com muita determinação psicopatológica e fizeram tanto mal a ele. Isso foi observado por Freud.

Não há sintoma algum bem típico da esquizofrenia, como estou enfocando. O pensamento obscuro e confuso, o humor em geral é instável e o indivíduo mostra-se quase inafetivo e também caprichoso. Ambivalência e inércia, negativismo e até estupor. O indivíduo tem a cognição conservada. Nas mulheres, esse quadro costuma ser mais tardio. Até hoje não se conhecem muito as razões deste acontecimento tão triste.

No início, qualquer quadro psicótico tem poucos sintomas. Às vezes, apenas um certo isolamento, um recuo nas relações de busca de intimidade. O paciente parece que se fecha em um mundo próprio, paradoxal e pleno de contradições. Somente depois, e isso é bastante variável, surgem os sintomas descritos antes. O possível diagnóstico deve ser evitado se o indivíduo apresentar hipomania ou mania ou um suceder depressivo.

Nos transtornos, acontecimentos esquizotípicos, o indivíduo apresenta comportamento excêntrico, anômalo e esquisito, conforme estamos descrevendo.


Na próxima semana, o assunto versará a respeito de certo elogio à loucura.