4. A origem do homem ao criar a civilização
25/06/2018
Os seres humanos parecem ter sido produzidos por meio de um acaso evolucionário, como um salto na criação das espécies. Têm mais recursos sobre toda a natureza, incluindo outros animais, primatas ou não. Muitos hoje não estariam vivos, pois foram gerados pelos avanços médicos. Produziu-se, assim, uma população humana enorme, e várias espécies concomitantemente se encontram em extinção. A totalidade da natureza vai se perdendo por conta do desenvolvimento cada vez maior das técnicas. O homem vence e destrói tudo o que atrapalha a denominada civilização. Parece que só a ecologia coloca algum freio nos estatutos sociais, principalmente os que objetivam só o lucro.
O planeta todo sofre e faz sofrer. É claro que a razão do homem pode transformar a ecologia. Assim serão evitados os grandes problemas do mundo moderno, mas é oportuno lembrar que as coisas também podem diminuir o poder ecológico em sua imprescindível sustentabilidade.
O aquecimento central, a destruição sistemática da camada de ozônio e as construções feitas em áreas de risco ambiental mudam quase tudo para pior, sobretudo ao obedecer ao mercado e muitos economistas.
Adotaremos a teoria de origem africana do homem, mais aceita com inúmeros fundamentos comprovados.
Conhecemos o importante papel das mutações genéticas que determinam nossa origem como caçadores e coletores. A proteína animal foi muito necessária para a expansão do cérebro nesses estranhos primatas, que, mesmo conservando uma parte animal, orgânica, possuem um contorno social político e econômico no qual a linguagem exerce muita influência.
Das células até um contato social, o ser humano multiplica-se e ocupa quase todos os lugares do planeta. Há cerca de quinze milhões de anos, é provável que o continente africano fosse coberto por um imenso tapete de floresta, onde existia muita diversidade de primatas. Os grandes macacos superavam as espécies dos pequenos. Depois, pela ação de poderosas forças geológicas e climáticas, as florestas começaram a fragmentar-se, formando bosques e arbustos. Mais tarde, campos e savanas.
Por que surgiu na África o primeiro macaco bípede e também o ancestral do homem? No Leste do continente, há doze milhões de anos, houve uma importante e gigantesca alteração geológica: a formação do chamado Vale da Grande Fenda, no qual se desenvolveu um rico mosaico de condições ecológicas: um verdadeiro laboratório natural, onde foi possível certo isolamento geográfico. As barreiras da natureza impediram a migração dos animais, inclusive, evidentemente, dos primatas superiores.
As mudanças geológicas e climáticas no Vale da Grande Fenda possibilitaram o nascimento de ambientes naturais com muitos tipos diferentes de habitat, que foram os palcos privilegiados na inovação evolutiva. Muitos primatas pouco adaptados às mudanças desapareceram. Na luta pela sobrevivência do mais forte, ou melhor, daquele com mais potencial de adaptação, surgiu o primeiro primata bípede. A postura erecta pode ser comprovada por meio da anatomia comparada dos fósseis e da tomografia axial do ouvido interno (os canais semicirculares). O labirinto, responsável pelo equilíbrio na postura erecta, relaciona-se com o ouvido interno.
Como é sabido hoje, só a evolução bípede não explica a origem do gênero humano, mas permitiu ao macaco uma liberação dos membros superiores.
É muito provável que a origem da família humana tenha ocorrido há sete milhões de anos, quando alguns primatas evoluíram, assumindo a postura erecta consequente ao bipedismo. Entre sete e dois milhões de anos, houve uma proliferação das espécies bípedes, sendo que cada uma estava adaptada a aspectos ecológicos diferentes. O fato de existirem numerosos habitat diferentes no Vale da Grande Fenda exigiu das espécies evoluções adaptativas diferentes.
Entre três e dois milhões de anos, houve uma espécie que teve o cérebro expandido. Simultaneamente, ocorreram mudanças na estrutura dos dentes, produzidas pela substituição de dieta alimentar composta só por vegetais por uma que incluía a carne. Através de artefatos constituídos por simples lascas de pedras afiadas, os humanos primitivos, quer como carniceiros ou como caçadores, tiveram acesso à proteína animal. Esta nova fonte de energia foi útil na expansão do cérebro e tornou mais seguro o processo reprodutivo, uma vez que o período de gestão pôde ser diminuído.
Na próxima segunda-feira, publicarei acerca da ética e da civilização do animal carnívoro.
MEMÓRIA CONCRETA
Na foto
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na mente
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da foto
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Poesia publicada no livro "Tempo contra tempo", escrito por mim.
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