160. Sobre a guerra
Rússia, Ucrânia, OTAN, ONU e todas as pessoas projetando segundo suas possibilidades e, lógico, suas posições equivocadas e desprezáveis sobre o conflito no Leste Europeu. As guerras sobrevivem e causam sofrimento a tantos. Sempre foi assim: algo ruim que convive na civilização poderosa e pobre no espírito de paz, no âmago de harmonia, no contexto do olhar, olhar o outro com profundidade, como irmão, como muito semelhante.
Leitor, imagine os impulsos. Guerra: um ataque periódico à civilização. Inventaram Deus e, obviamente, o diabo, para justificar a mortal inimizade. É paradoxal que todos com livre arbítrio saibam que Deus e o diabo vivem dentro de nós.
Nossa capacidade de projeções procuram em outra regiões, ou outros países, o bem e o mal. Hoje é assim, amanhã talvez as coisas invertam-se na discutível razão sócio-político-econômica. Importante agora é o outro, símbolo muitas vezes concreto da maldade humana se transformando em armas nucleares e mísseis?
Assim caminhamos e morremos. A morte natural vence eticamente o conflito que o próprio homem origina, desenvolve, com muita razão neuronal. O fim de tudo é universal, mas é também imprevisível.
As guerras não podem e não devem existir. Envolvem tragédias que todos conhecemos e costumamos taxar de ilógicas, estúpidas. A falta de negociação é absurda e tão frequente. A humanidade parece não entender muito por que um grupo de homens mata ou mutila outro grupo.
AINDA
o povo, a posse, o poder:
semântica contraditória,
entre ditos e história.
A pausa, o pulo, ocaso
sem pose, na posse de nada
e tudo, e tanta coisa desaba.
O inútil começo,
sabe-se que acaba,
no nada de sempre,
presente, presença
e ainda se pensa.
Nessas horas,
infelizmente.
Carlos Roberto Aricó
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