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127. Hamlet 1

13/04/2021

Leitores e amigos, pretendo narrar em dois textos um pouco dessa maravilhosa história, cujo conteúdo é muito relacionado com a psicanálise. Trata-se de uma tragédia escrita entre 1599 e 1601 pelo genial Shakespeare e diz respeito, como todos sabemos, ao príncipe Hamlet da Dinamarca. A obra é baseada na lenda de Amleto, que tem origem controversa, como corre até hoje, muitos séculos depois. É claro que minha interpretação é sob a ótica do inconsciente. Sabe-se que é a peça mais longa e provavelmente aquela que mais trabalho deu ao dramaturgo.

Observa-se uma enorme dificuldade para Hamlet assassinar seu tio, o Rei Claudio, irmão e sucessor de seu pai. Razões éticas, edípicas, estranhas e até filosóficas até dificultavam a morte desejada.

Na peça, aparece um fantasma que fala com os sentinelas de Horácio, amigo do protagonista, que seu pai foi morto por um envenenamento e o feito devia-se a seu tio Claudio, que apressadamente casou-se com a viúva Gertrudes, mãe do nosso herói. Assim, o Complexo de Édipo torna-se mais uma vez o elemento central de uma vida humana. Felizmente, a maioria da humanidade não precisa assassinar ninguém. Existem vários personagens de muita importância na trama e minha sugestão é que se conheça mais a história do príncipe.

Por intermédio de uma peça teatral, ele representa a morte do pai e vai ter convicção do assassinato. Hamlet observa e constata a certeza do envenenamento por seu tio Claudio ao ver o pai morto. Hamlet passa um bom tempo como louco e é diagnosticado por vários personagens convincentes. Ophelia, que tinha desejo por Hamlet, é aconselhada a procurar um convento. É melhor tirar da mesa aquilo que pode atrapalhar. Nem nosso herói sobra.

Shakespeare, com talento e ousadia, colocou vários personagens na sabedoria de todos os tempos. O passado e o teatro possibilitaram as falas expressivas, belas e até românticas nas significações envolvidas e envolventes.

Agora, vou descrever a questão, como na peça, básica de reflexão psicanalítica entre o ser e não ser, solilóquio muito conhecido por todos nós. Veja e observe suas fortes reflexões acerca do homem civilizado, ou seja, do indivíduo criando e sendo também criado pela civilização.


Na próxima semana, finalizarei o assunto.

MENDIGO

Fome do tempo,
pobre maltratado,
ensimesmado anda…
otário da vez…
sem voz,
viés do destino,
viés do vício,
pobre e sem nada
esperança acabada,
navega, indiferente asfalto.
Navega nas ruas.
Pés descalços, sem presente,
sem futuro, só vê o mesmo muro
pela frente.

Carlos Roberto Aricó

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