top of page

115. A psicologia do ego, do superego e da realidade 1

19/01/2021

Pretendo, no momento, escrever um pouco sobre a psicologia do Ego, do Superego e da realidade, e tudo será baseado no livro Primeiras publicações psicanalíticas de Freud, bem como no seu pensamento político e social. A psicologia do Ego, que em muitos de nós pode conferir a estrutura psíquica, egoica, o caráter de representante máximo: o indivíduo. É importante observar que o Ego é sempre dividido por razões metapsicológicas já explícitas em outras narrativas. Existe o inconsciente do Ego. Este produz, como já vimos, sintomas, sonhos, parapraxias etc. É uma parte importante do nosso psiquismo, que determina ações ou inibições que nem sempre conhecemos. Existe, também, uma divisão no Ego produzida por estrutura psicótica e que se serve de defesas poderosas, bem capazes de modificar a conduta.

Leitor, procure pensar que nos psicóticos a história é outra, sempre grave e produzindo comportamentos os mais inadequados.

Pretendo narrar a respeito da parte importante do Ego, do Superego e outros segmentos do psiquismo relacionados ao comportamento chamado “normal”. Mesmo dentro da normalidade, atrapalha nossa vida, mas esses indivíduos podem criar obras magníficas, e sempre é bom conhecer esse inconsciente, tão pródigo, tão criativo, tão misterioso.

O Ego tem o poder de determinar nossos movimentos e muita coisa necessária para adaptação da realidade interna e também a exterior. Observe, caro leitor, os difíceis papéis do Ego. Harmonizar pressões do mundo interno com o externo, equilibrar o indivíduo e dar conta da ansiedade, que consciente e inconscientemente estimulam mudança para vida e para a morte do ser humano.

Freud, com muita sabedoria, enunciou que o Superego é um precipitado energético dentro do Ego. É o herdeiro do Complexo de Édipo de nossos pais, da nossa cultura e de nossa civilização. Existe nele uma parte proibitiva mais conhecida, mas também outra: o nosso ideal, o nosso desejo de perfeição ou como os outros observam essa perfeição.

Claro que essa perfeição é bastante variável e obedece sempre a modelos idealizados de comportamento. Assim, formam-se os agrupamentos adaptativos em nossa civilização, plena de dogmas, vida e morte. Os modelos religiosos ou contra a religião vão se estruturando diferentemente em nossa cultura complexa, maravilhosa, mas também, infelizmente, medíocre.

Freud escreveu poucos trabalhos políticos e não acreditava muito neles. Como sabemos, o Superego reflete e possibilita o social de cada um. É nossa herança cultural básica, independentemente do mestre dizer que validava seus trabalhos somente até o ano de 1923, conforme os leitores já sabem.

O Ego pode estar inibido e paralisado por alguma razão histérica e, dessa forma, trabalhar o comportamento face a alguma adaptação. É claro que isso implica um transtorno e deve ser pouco prejudicial. Porém, pode apresentar sintomas alucinatórios e delirantes e, desse modo, atrapalhar bastante os indivíduos comprometidos.

É fundamental observar que o nível de comportamento egoico é variável e específico para cada ser humano. Depende-se sempre de uma correlação equilibrada, ou não, das forças envolvidas. O leitor deve sempre observar com clareza sobre o Ego, que tem de estar em equilíbrio com o Superego, com o mundo interno e a realidade exterior. Ou seja, o Ego tem de ser uma espécie de equilibrista mágico em situações absolutamente contraditórias.

Além do próprio mundo interno, orgânico e visceral do indivíduo, é nesse excesso de malabarismo que nos situamos e esperamos que tudo dê certo nas contradições vivenciadas por todos nós.

Na semana que vem continuarei abordando esse tema.

NEXO 

 
Volto à poesia. 
Lugar das significações. 
Tempo presente para sentimentos.  
Folhas em branco que desfilam  
na eterna esperança. 
 
Dança de tantas palavras, 
Desafiam, também. 
Ritmadas andanças. 
Harmonia, desarmonia. 
Mania do poeta. 
Sagrada alegria... 
 
Volto à poesia. 
Assim um retorno estranho. 
Vida estranha e vazia. 
Métrica, rima, nostalgia. 
Lugar do tempo presente. 
 
Ente perplexo, dor  
e amplexo,  
sucessão de palavras,  
procurando nexo. 
Vida, complexo simulacro. 
Nos saltos acrobáticos. 
Na direção do nexo. 
 (Poesia de minha autoria)

© 2023 por Nome do Site. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook
  • YouTube
  • Instagram
fim%20do%20vi%CC%81deo%20(3)_edited.jpg
bottom of page