top of page

106. A deficiência intelectual

06/10/2020

Em nossa civilização existem formas silenciosas e até ocultas de violência. Parece-me óbvio que estas formas, também e infelizmente, existem nas determinações e ordens da natureza.

É difícil aceitarmos a cruel e ilógica causa dos retardos mentais. Nessas pessoas, a cognição está diminuída, o que gera dificuldades até graves na adaptação ao cotidiano cada vez mais complicado. Dentre os psiquiatras e psicólogos, fala-se de demência, como alguém que tinha riqueza mental e a perdeu. Na natureza nunca houve essa riqueza. Sempre o indivíduo foi pobre em relação cognitiva e sua inteligência menor nunca pôde dar conta das complexidades existentes no dia a dia. É claro que qualquer transtorno psíquico poderia não existir por bondade da natureza biológica.

No retardo mental existe uma interrupção ou incompletude no desenvolvimento e imagem, além de prejuízos em muitas habilidades. As aptidões cognitivas de linguagem, aspectos motores evidentes, aumentam as dificuldades sociais tão necessárias para as adaptações do homem a uma vida cada vez mais complicada como a de hoje.

Esses indivíduos deficientes têm risco maior para ser explorados e sofrerem abusos. Precisam ser protegidos no seio familiar, na escola e na sociedade como um todo. Eles, muitas vezes, apresentam maior inabilidade para a comunicação e/ou são deprimidos, com retardo psicomotor, perdem peso com facilidade e têm o sono difícil.

Potencial genético, alterações e inflamações durante a gestação e problemas no próprio partos são algumas das várias causas que podem ocasionar as oligofrenias que estamos enfocando com evidente tristeza. Insisto: é muito difícil a aceitação desse fenômeno negativo que ocorre a partir da natureza e da biologia desde a fertilização ou talvez até o nascimento e suas vicissitudes.

Os antigos cuidadores da mente acreditavam que a alma, no sentido psíquico, habitava o diafragma. Assim, esquizofrenia significaria certa cisão ou divisão de alma. Oligofrenia, problema na alma, pouca alma, pouco psiquismo, ou seja, certa deficiência intelectual que, como estamos narrando, se origina a partir de causas múltiplas. Infelizmente, a frequência é alta na civilização atual.

O diagnóstico é em geral muito simples. Sempre o enfoque básico será o desempenho intelectual.

Todos nós conhecemos a debilidade mental leve, média e a mais a óbvia: a oligofrenia profunda, na qual ocorre enorme dificuldade adaptativa. Sempre o enfoque básico será o desempenho intelectual. A psicometria e outros testes específicos auxiliam o diagnóstico.

Todos nós conhecemos a debilidade mental leve, média e também mais a óbvia: a oligofrenia profunda, onde ocorre enorme dificuldade adaptativa.

Não é possível determinar a essência desses transtornos. O indivíduo excepcional (só no nome) continuará, mesmo tendo em vista as associações, com um baixo coeficiente intelectual. Só podemos e até devemos prover proteção civilizada e tratamento dos problemas de sono, depressão e de todos os sintomas possíveis apresentados por esses indivíduos, nos quais o psiquismo é pobre e as impossibilidades são diminuídas em vários aspectos no cotidiano alterado.

Leitor, não podemos esquecer que vários pais no mundo atual, principalmente as mães, criaram uma expectativa de perfeição inexistente para a chegada dos filhos, tanto a partir do universo interno como também pelas informações e pelo poder social. O quarto do bebê, bonito, funcional, novo e bem arrumado e a criança já com sexo biológico e nome definidos. Tudo objetivando a perfeição ou algo mais próximo disso. Quando tais expectativas frustram-se, os pais precisam administrar e saber lidar com a situação.

Ambos, pai e mãe, têm de prover amor e gratidão, porém, às vezes, não conseguem conformar-se. Sofrem até calados e em um silêncio aterrador. Com o tempo, são obrigados a amar a criança que o destino não amou e foi originado um ser excepcional, bem diferente do tão desejado ente.

Com a evolução técnica hoje, muito se sabe do que irá acontecer. Entretanto, esse elemento surpresa desagradável e ruim acontece muitas vezes.

A religião, a família, o pai, o irmão, os amigos e quase todos procuram no amor a ética necessária para propiciar o melhor desenvolvimento da criança. É claro que se aprende a amar até o improvável, mas nem sempre isso acontece.

Vamos lutar não só por esse ser infeliz e diferente. Vamos lutar a favor das coisas boas que acontecem, não há dúvida.

Junto dessa difícil luta, vamos agir, também, a favor de toda a humanidade. Vamo aprender e aceitar as diferenças entre todos nós. Somos diversos na constituição biológica, física, corporal e diferentes no aspecto psicológico, modo de pensar e de agir. Vamos aprender a amar, respeitando sempre as diferenças, os diferentes, até o que nunca foi desejado. Amor e gentileza, amor e respeito para toda a humanidade!


Na próxima semana o texto tratará neurastenia e psicastenia.

PONTOS CARDEAIS

Cheio de Sul.
Cheio de Norte,
de Leste, Oeste.
Cabra da peste,
no sertão, mata, no agreste.
Cheio de Sul, navega-se no azul.
Cheio de Norte,
foge-se da morte.
No Leste, Oeste,
permanece inconstante.
Um brasileiro,
cabra da peste.
Na rota, na trilha,
vai cheio na rota.
A trilha busca sombra.
O sol brilha. Sobra trilha.
O anseio, brasileiro,
caminha.
Caminho de sol,
caminho solto.
No vendaval.
Brinca no temporal.
Caminho de sol,
caminho de sal.
Caminho de Sul. Caminho,
claudica-se,
descaminha-se,
sem carinho, só,
sem vizinho.

Poesia de minha autoria.

© 2023 por Nome do Site. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook
  • YouTube
  • Instagram
fim%20do%20vi%CC%81deo%20(3)_edited.jpg
bottom of page